quarta-feira, 27 de maio de 2009

Fazer, Usar e Posicionar-se diante do Conhecimento.

A construção do conhecimento se dá de forma lenta e gradual em um processo que exige observação, hipótese e experimentação (segundo o método baconiano) em uma relação dialética que se estabelece entre sujeito e objeto, nascendo um para o outro ou um pelo outro.
O uso da técnica exige um estudo técnico de memorização de fórmulas e conceitos que limita o homem a desempenhar funções, tal como é ensinado na escola tecnicista em que somente é transmitida aos alunos a pura utilização técnica do conhecimento, promovendo também a alienação do homem, que durante o processo produtivo não é levado a uma capacidade de reflexão acerca de sua condição como trabalhador. Segundo Marx em sua obra Os Manuscritos Econômico-Filosóficos: “O trabalhador fica mais pobre à medida que produz mais riqueza e sua produção cresce em força e extensão”, podemos perceber então, que a riqueza do capitalista se torna possível através do processo de alienação que aflige o trabalhador.
Assim, a função desempenhada pelo trabalhador no modo de produção capitalista atende somente as necessidades do mercado, desse modo ocorre à capitalização do trabalho e como “... capital, o valor do trabalhador varia conforme a oferta e procura...”, ocorre desta forma a banalização do trabalho. O que vemos hoje é a substituição da força de trabalho humana por máquinas, mas os poucos que sobrevivem ao desemprego são renegados a uma forma de trabalho que os convertem em máquina (Fordismo).
Os homens perdem o verdadeiro sentido do conhecimento à medida que esse conhecimento não esta sendo utilizado em prol do gênero humano, mas sim para atender aos interesses de uma determinada classe que detém os meios de produção.O que observamos é que o homem evolui no processo do saber (saúde, tecnologia...),mas esse conhecimento não esta sendo utilizada pela maioria da população que sem a renda necessária para gastar com os custos necessários com a qualidade de vida se vêem abandonada pelo Estado, pois este como representante da burguesia só defende os interesses da mesma.
Até que ponto o saber tecnológico deixa de ser uma necessidade para se tornar consumismo? Atualmente nos defrontamos com “bombardeios” de marcas, que nos seduzem exercendo o produto um controle sobre o individuo, que consume não pela satisfação de suas necessidades, mas sim pelo puro poder mágico que a propaganda exerce sobre o sujeito.
É necessário não apenas fazer como também utilizar o conhecimento, mas sim adotando uma visão crítica acerca da sociedade, não fechando os olhos para uma realidade opressora que renegada ao trabalhador a condições deploráveis de sobrevivência, não podemos deixar que o capital nos aliene.

Esse texto é o resultado de uma parceria entre Regiane Moraes(Aluna de geog.;1ºsemestre) e Kamila Rêgo(eu.rsrsrsrsrs)

Um comentário:

  1. nossa,esse filme "tempos modernos"de Chaplin, muito bom,lembro que tive que assistir pra fazer uns trabalhos de adm...
    O texto escrito estar muito bem detalhado e escrito,mostra o surgimento da era moderna e os efeitos que fizeram as maquinas sobre nossas mentes,deixando-nos todos alienados...Tarcílio

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