segunda-feira, 6 de julho de 2009






O documentário homônimo em que Al Gore apresenta é realizado com vista à conscientização das pessoas para a questão do aquecimento global, fazendo-nos entender que se não passarmos a tomar atitudes que possam ao menos minimizar os efeitos de tal processo sobre o planeta, ele poderá entrar em colapso.
A conscientização das pessoas é uma grande ambição, pelo fato de não está restringindo-se a questão sob o ângulo minimalista de culpar o poder público pela situação que estamos vivenciando, vai muito além, pois na medida em que se pretende atingir as pessoas com a consciência ambiental e conseqüentemente a mudança de atitudes em relação ao aquecimento global, nos sugere que o aquecimento global não foi atingido apenas por intervenção política, mas sim, todos de uma forma ou de outra contribuíram para o agravamento do processo.
Quando se dialoga sobre o aquecimento global, temos por diversas vezes a impressão que o fenômeno é novo e que foi advindo da constante degradação do meio ambiente, no entanto o processo é natural, pois sem o aquecimento natural da terra realizado através do efeito estufa, não existiria vida na terra. Mas o que está em debate no presente documentário é o agravamento do fenômeno, decorrente das intervenções humanas na natureza.
É claro que não se questiona o direito do ser humano de intervir na natureza, pois não seria possível sem esta integração (ideologicamente harmoniosa) existir a vida em sociedade que tanto depende de recursos naturais, o que está em questão é a forma de apropriação do homem com a natureza, sem medir as conseqüências que acarretará tal ação, e essa forma inadequada de intervenção e/ou apropriação do bem natural gerando impactos ambientais.
“...Habermas afirma que as necessidades econômicas de uma população cresce...”.Pois com a demanda cada vez maior da população por recursos naturais, e sabendo-se que esses recursos são esgotáveis, se torna necessário o controle dos impactos ambientais.
Uma solução seria o desenvolvimento sustentável, pois constituí-se numa forma de causar o mínimo de impactos à natureza, sem é claro, perdermos de vista que as necessidades humanas de sobrevivência.
O homem enquanto interventor da natureza, usa de seus recursos naturais segundo interesses econômicos, como se pode observar atualmente na constante degradação de biomas decorrente desses interesses, por exemplo, em empresas que possuem uma grande rede hoteleira, onde constroem hotéis em locais onde seria o habitat natural de algumas espécies, não levando em consideração os possíveis impactos decorrentes de tal ação.Deveríamos considerar, assim como Bacon, que uma praticidade sem verdade é arbitrária e casual, incapaz de progresso e desenvolvimento. Dessa forma é que deveria ser interpretado o documentário de Al Gore, que como o título sugere Uma verdade inconveniente, temos que deixar de olhar mais sob o ângulo da praticidade, do comodismo,pois na medida em que achamos mais conveniente, por exemplo ao invés de reciclar algum material concluímos que é se torna mais cômodo não separarmos o material que poderia ser reaproveitável, então não estamos apenas pensando na comodidade, estamos contribuindo para a destruição da vida na terra

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